MANU-SQUARE: a Criar Ligações entre Empresas Industriais
MANU-SQUARE: a Criar Ligações entre Empresas Industriais
Autores: Henrique Diogo Silva, INESC TEC, Pedro Rocha, PRODUTECH, João Ferreira, JPM Indústria.
TecnoMetal nº 253 - Abril/Maio/Junho de 2021
Enquadramento
Os mercados estão em contínua mudança e flutuação. As capacidades instaladas, por definição, não.
A disponibilidade das empresas para abordar as oportunidades de mercado é limitada, desde logo, pela capacidade instalada internamente e, num segundo nível, pelas limitações na integração de recursos e na gestão de outros disponíveis no ecossistema em que atuam (e.g. subcontratação).
Invariavelmente, assiste-se a dificuldades de alocarem dinamicamente capacidades internas não utilizadas e em acederem de forma expedita a estas, disponíveis na envolvente. Em relação a esta última as dificuldades poderão advir de diversas origens, nomeadamente de informação insuficiente sobre a disponibilidade destas capacidades na envolvente e dos processos, consumidores de tempo e recursos, associados à sua contratação ao exterior (e.g. morosidade nos pedidos de cotação, de seleção e qualificação de fornecedores, entre outros).
Tal implicará, em alguns casos, à impossibilidade de responder a oportunidades de negócio concretas (por falta de capacidade pontual) e, noutros casos, levará à exploração não-ótima dos investimentos realizados (capacidades não utilizadas).
É, por isso, da maior relevância permitir que as empresas possam aceder a, e alocar dinamicamente, capacidades industriais não utilizadas.
Foi neste contexto que o projeto Europeu MANU-SQUARE definiu como objetivo central a criação de uma plataforma, que se consubstanciasse num ecossistema e mercado digital, agregando ferramentas e serviços, possibilitando o estabelecimento de negócios entre as empresas que procuram capacidades de produção específicas e aquelas que têm as suas disponíveis, e suportando, paralelamente, os seus processos de inovação, estabelecendo as ligações necessárias entre empresas e entre estas e entidades de I&D e de apoio tecnológico.
Na sua génese, subsiste o propósito de suportar o rápido estabelecimento de cadeias de fornecimento, as quais poderão ser “rearranjadas” dinamicamente e customizadas, à medida das necessidades e/ou oportunidades de mercado, e de aproximar a procura (de capacidades e competências) à sua oferta (disponibilidade), viabilizando a valorização de investimentos e de recursos subutilizados e possibilitando o acesso a oportunidades de mercado que de outra forma não poderiam ser exploradas. [LER MAIS]