21 Fevereiro, 2021
METAL PORTUGAL regressou ao MIDEST sustentando a aposta na internacionalização do setor.
O MIDEST, a maior feira mundial de subcontratação industrial, que decorreu este mês na EUREXPO, em Lyon, voltou a contar com uma extensa participação portuguesa. A AIMMAP promoveu, uma vez mais, a presença de empresas lusas neste evento, uma estratégia que de resto tem vindo a sustentar-se ao longo dos últimos anos “num claro sinal da importância que a indústria portuguesa tem vindo a ocupar”, revela esta associação em comunicado enviado à imprensa. Aliás, há já vários anos que o METAL PORTUGAL representa a maior participação estrangeira neste certame, e este ano não foi exceção.
Se nas edições anteriores a presença do METAL PORTUGAL ultrapassou em larga escala uma centena de empresas, este ano registou-se um decréscimo no número de empresas nacionais, acusando ainda o atual cenário de crise pandémica, embora ainda assim a participação portuguesa tenha conseguido ultrapassar largamente a meia centena de empresas.
Segundo a associação, a presença nesta feira – após um ano de interregno deste importante certame mundial – faz parte de uma estratégia de aposta na internacionalização do setor metalúrgico e metalomecânico, nomeadamente no mercado francês, “que se assume como um dos pontos estratégicos e que representa um dos principais destinos das exportações do setor e o segundo maior do segmento da subcontratação”, lê-se no documento enviado às redações.
Este é já o terceiro ano em que o MIDEST tem lugar no âmbito da GLOBAL INDUSTRIE, integrando um conjunto de quatro feiras industriais que anteriormente eram realizados e promovidas de forma autónoma: o “MIDEST”, a “TOOLEXPO”, a “INDUSTRIE” e a “SMART INDUSTRIES”.
O setor metalúrgico e metalomecânico nacional contou com a presença em Lyon de uma comitiva da AIMMAP, composta por Rafael Campos Pereira, Mafalda Gramaxo e Pedro Azevedo, que receberam no pavilhão do METAL PORTUGAL a visita oficial do Secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, acompanhado pelo Chefe de Gabinete, Eduardo Augusto.
A esta visita juntaram-se também outras personalidades como o Cônsul-Geral de Portugal em Lyon, André Sobral Cordeiro, Carlos Vinhas Pereira, Presidente da CCIFP e Eduardo Henriques, Diretor da AICEP em França.
No mesmo comunicado, a AIMMAP explica que a nível nacional, há vários anos que o governo português assume a importância desta presença coletiva, sendo esta mais uma oportunidade para comprovar a qualidade das empresas do METAL PORTUGAL que desenvolvem a sua atividade na área da subcontratação industrial.
Depois de em 2019 a presença portuguesa ter sido novamente a maior representação estrangeira numa feira que contou com 110 mil metros de exposição, 2.500 expositores e mais de 45 mil visitantes, este ano, e já sem surpresas, o METAL PORTUGAL voltou a repetir o estatuto de maior presença estrangeira no MIDEST.
Rafael Campos Pereira, Vice-Presidente da AIMMAP, garante que “a enorme e impactante presença das empresas portuguesas no MIDEST, organizada pela AIMMAP, e unificada sob a marca METAL PORTUGAL, comprova mais uma vez que o setor metalúrgico e metalomecânico nacional é, neste momento, uma referência no mercado internacional, nomeadamente na área da subcontratação industrial”. Este executivo defende que sendo a maior representação estrangeira nesta feira, Portugal tem a responsabilidade de mostrar a qualidade e a inovação existente nas empresas do setor. “Por outro lado, apraz-nos muito que o governo, através do Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Economia, Dr. João Neves, e o Chefe de Gabinete do Secretário de Estado da Economia, Eduardo Augusto, marque presença junto das empresas e do setor, reconhecendo a sua valia e enorme resiliência. Sem dúvida um justo reconhecimento às empresas do METAL PORTUGAL, que são igualmente legítimas merecedoras de um conjunto de políticas de apoio que muitas vezes tardam em chegar”.
Lyon, a primeira região industrial da França, acolheu pela segunda este certame de enorme dimensão e relevância para a indústria mundial. A escolha desta cidade é facilmente sustentada por vários motivos. Por um lado, uma localização alternativa à habitual, Paris, permite uma renovação significativa dos visitantes, e, portanto, potenciar mais oportunidades de negócios, algo de resto comprovado pelo sucesso da edição de 2019. Por outro lado, a região de Lyon é uma das mais importantes regiões europeias, em termos populacionais, riqueza criada e de dimensão e é fortemente alavancada pelo seu posicionamento estratégico e proximidade de mercados importantes. É uma região que reúne grandes centros de competências e uma população jovem e ativa.
Acresce ainda o facto de a região de Lyon ser uma das principais referências industriais europeias, com desenvolvimento de diversas atividades como as indústrias de bens de equipamento intermédios, grande parte virada para a exportação: máquinas, digital, componentes eletrónicos, energia, farmácia e tecnologias médicas, torneamento, borracha/pneumática, plásticos, eco tecnologias, entre outros.